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Foto: cortesia White Center -  UNASP

 

LUIZ WALDVOGEL

( Brasil – São Paulo )

 

Luiz Waldvogel nasceu em 27 de outubro de 1897, na cidade de Santa Cruz da Conceição, estado de São Paulo, Brasil. Filho de Johan Konrad Waldvogel (1841-1915), nascido em Schaffhausen, Suíça, e Maria Augusta Maehl Waldvogel (1858-?), brasileira e filha de imigrantes alemães da colônia Dona Francisca, atual cidade de Joinville, estado de Santa Catarina, Brasil. Luiz teve como irmãos: Elisa, Arnaldo, Augusta, Helena, Leopoldo, Margaret, Conrado, Rosa, Amália, Ema, Luiz e Carolina. Seu pai era mercador em Santa Cruz da Conceição, e também atuava publicamente como juiz de paz, conselheiro e substituto do prefeito da cidade.

Luiz foi ensinado a ler e escrever aos seis anos de idade pela própria mãe e iniciou os estudos na escola pública de Vila Natal, em Santa Cruz da Conceição. Aos nove anos, ouviu pela primeira vez o sermão de um pastor adventista, em sua casa. Isso aconteceu por volta da época da conversão de sua mãe ao Adventismo. Ela foi batizada em 1904 pelo Pastor Huldreich F. Graf,  o primeiro pastor ordenado a trabalhar no Brasil. Maria Waldvogel conheceu mais sobre Deus por influência de um pastor metodista chamado João da Costa. A família também conheceu a mensagem bíblica por meio de cartas e revistas compartilhadas pelas famílias Faiock e Meyer, e pelo periódico O Arauto da Verdade.

A mensagem alcançou o coração de Maria e seus filhos, Luiz e Leopoldo Waldvogel. Leopoldo faleceu um mês depois de se tornar guardador do sábado. Sua morte súbita e a conversão de Maria e Luiz despertaram forte oposição à fé adventista por parte de Johann Waldvogel. Embora ainda não fosse batizado, aos 13 anos de idade, Luiz se recusava a vender bebidas alcoólicas ou trabalhar aos sábados no armazém de seu pai. Isso serviu para aumentar a oposição do pai, e alguns anos depois, Johann Waldvogel faleceu sem ter aceitado a mensagem adventista.

Nessa época, Luiz tinha o desejo de estudar no recém fundado Seminário Adventista, que veio a se tornar o Colégio Adventista Brasileiro e hoje é o Unasp campus São Paulo. Ele leu a alegre notícia da inauguração do colégio na Revista Mensal, hoje Revista Adventista.  Em maio de 1916, foi aceito como estudante do curso Normal (Magistério). Em 15 de novembro do mesmo ano, foi batizado pelo Pastor John Boehm nessa instituição. Em seguida, colportou durante as férias para custear os estudos.

Ministério

Na companhia de Alfredo Hoffmann, Luiz teve sua primeira experiência como colportor estudante nas cidades de Ribeirão Bonito, Dourado e Bocaina, todas no estado de São Paulo. Em 10 de janeiro de 1917, enquanto ainda colportava, foi convidado pelo Pastor Augusto Pages, gerente da Sociedade Internacional de Tratados no Brasil, atual Casa Publicadora Brasileira, para trabalhar temporariamente como assistente de publicações. Luiz aceitou o convite, mas não se adaptou bem à posição e algum tempo depois foi chamado para voltar ao Seminário a fim de cursar outro ano acadêmico. Em 15 de março de 1918, Augusto Pages pediu a Luiz para voltar à Casa Publicadora Brasileira, pois precisava de um obreiro com urgência. Embora quisesse terminar os estudos, Luiz aceitou o convite novamente.

Em 1919, apesar dos pedidos urgentes da administração da CPB para que ele permanecesse na publicadora, Luiz voltou ao Seminário, pois queria terminar o curso. Em 1920, ele e um grupo de amigos fundaram o periódico O Seminarista, no campus do colégio. O conhecimento da língua inglesa o possibilitou, como estudante, traduzir publicações denominacionais importantes e interpretar sermões.

Em 8 de dezembro de 1922, Luiz se graduou na primeira classe do Seminário Adventista Brasileiro. Em sua turma, se graduaram mais oito alunos: Adelina Zorub, Adolfo Bergold, Alma Meyer, Domingos Peixoto da Silva, Guilherme Denz, Rodolfo Belz, Teresa Filonila dos Santos e Isolina Avelino, que futuramente se tornaria sua esposa. Luiz a conheceu e começaram a namorar enquanto ainda eram alunos internos. Logo após sua graduação, Luiz foi chamado para trabalhar na Casa Publicadora Brasileira. Deu início às atividades em 31 de dezembro de 1922, como assistente editorial ao editor chefe, e secretário do gerente M. V. Tuker.

Em 3 de abril de 1923, Luiz se casou com Isolina na cidade de Santo André, São Paulo, em cerimônia oficiada pelo Pastor Ricardo Wilfarth. Da união nasceu Heloísa Waldvogel (1925-2005), a única filha do casal. A fim de desenvolver suas habilidades no trabalho para a CPB, Luiz começou a cursar aulas particulares de português, filosofia e economia política com o Dr. José Marques da Cruz, um intelectual português que havia se graduado na Universidade de Coimbra e na época estava morando em São Paulo. Ele também continuou a estudar francês e alemão. Em 1934, Luiz foi eleito editor chefe da Casa Publicadora Brasileira.

Após completar 18 anos de redação em 1936, a mesa administrativa da publicadora o autorizou a fazer um curso de Teologia intensivo na Advanced Bible School, Califórina, Estados Unidos. Em 29 de janeiro de 1938, Luiz foi ordenado ao ministério na Igreja Central Paulistana, sob recomendação dos pastores N. P. Nielsen, L. H Christian e Domingos Peixoto da Silva.  Enquanto servia na Casa Publicadora Brasileira, auxiliou como pastor, ancião e, por muitos anos, diretor do departamento Jovem da Igreja Ipiranga na cidade de São Paulo. Ele também atuou como pastor em outras duas cidades próximas - Mauá e São Caetano do Sul.

No período em que trabalhou na Casa Publicadora Brasileira, foi editor e às vezes coeditor de diversos periódicos, tais como: O Atalaia (1934-1948), Revista Adventista (1934-1963), Rundschau der Adventisten, (1934-1938), Vida e Saúde (1939-1948), Review and Herald (Edição Mundial) em português (1949-1953), Escute (1953-1954), O Ministério Adventista (1954-1960), Notícias (1954-1960), O Colportor Eficiente (1955-1962), Devoção Matinal (1957-1960), Diretrizes (1962),  Nosso Amiguinho (1962)  e a Lição da Escola Sabatina para primários e adolescentes (1962 -1965).

Escreveu ainda os seguintes livros: Rastros Luminosos (1933), Vencedor em Todas as Batalhas (1937), Cântaro Partido–versos (1939), Matrimônio Feliz (1947), A Fascinante História do Livro (1952), Homens que Fizeram o Brasil (1953), Serões de Tio Silas (1960), O Triunfo Sobre a Dor (1966), Sabiá na Gaiola (1978), Jesus de Nazaré (1981) e Memórias do Tio Luiz (1987). Traduziu: O Raiar de um Novo Dia, Libertos do Temor, Quanto Tempo nos Resta?, Pastor, Estou Amando, O mundo de Deus, e várias outras meditações e livros de Ellen G. White.  Escrevia regularmente em uma coluna da Revista Adventista intitulada "Nossa Língua", que continha orientações e conselhos para traduções do inglês para o português.

Últimos Anos e Legado

Luiz se aposentou em maio de 1965, mas continuou a servir como ancião na igreja de Santo André. Posteriormente, serviu como ancião da Igreja do IASP (hoje Unasp-HT), na cidade de Hortolândia, estado de São Paulo. Mesmo aposentado, ainda respondia a perguntas enviadas por jovens de todo o Brasil na seção "Consultório da Juventude", mais tarde chamado "Problemas da Juventude", da Revista Adventista.

Ele também pregava, dirigia reuniões de reavivamento e fazia palestras sobre o amor, namoro, noivado e casamento. Escreveu vários artigos para a Revista Adventista. Seu último trabalho foi o livro Oásis no Deserto, que continha poemas que ele e sua esposa haviam escrito, como também cartas e poemas de sua filha. Em 1987, em seu 90º aniversário, a CPB o homenageou ao nomear a biblioteca da publicadora com o seu nome. Luiz faleceu em 11 de agosto de 1990, aos 93 anos, em Brasília.53

Ele deixou um legado de liderança na Igreja Adventista do Sétimo Dia, com notável desempenho na Casa Publicadora Brasileira, onde trabalhou por 43 anos, dos quais 30 foram como editor chefe (1934-1965). As seguintes palavras de Luiz refletem bem o seu ministério: "Quero traduzir e escrever até que o Senhor venha. Quero ser filho do Pai Celeste. Rogo-lhe, humildemente, que aceite nossas traduções e escritos como nossa consagração a Ele".

 

Biografia extraída de: https://encyclopedia.adventist.org/article?id=5GRE&lang=pt 

 

CADERNO DE POESIA - II.  Santo André, SP: Clube de Poesia de S. André, 1954.   90 p.     15,5 X 22,5 cm.         Ex. bibl. Antonio Miranda.  

 

                Como eu a entendo.

                A poesia é um sentimento d´alma.

É lindo quadro de aquarela:
em lagoa ampla e calma,
um barquinho de vela
vagando em noite enluarada;
é flor que espalha aromas entre espinhos,
dá colorido ao campo e dá calor aos ninhos;
é doce olhar de esposa ou noiva amada,
ou ingênuo sorriso de criança,
puro e cheio de fé e de esperança;
é árvore frondosa
sombreando curva agreste e pedregosa
do caminho íngreme da vida;
é transcendente fé ou grande amor,
que atenua a subida,
aliviando a dor;
é formosa paisagem tropical,
— cigarra presa ao caule dos coqueiros;
é casinha campestre, jovial,
mugir de vacas mansas nos mangueiros;
são as diáfanas manhãs
e silenciosas tardes brasileiras;
é a mãe que canta umas canções aldeãs,
enquanto ninha o filho no regaço;
é o pai que nela pensa, trabalhando,
inquebrantável na vontade de aço;
é o cálido Nordeste lourejando
ao sol ardente;
é a Guanabara linda, o afetuoso Sul,
é o meu São Paulo e a minha gente...
é o céu azul,
com nuvenzinhas como flocos de algodão;
é isso tudo, mas cantado simplesmente,
com alma ingênua e ingênuo coração

Não entendo e não quero a poesia
como expressão da inteligência humana;
é antes sentimento, na harmonia
da frase, embora simples, provinciana.

Por isso eu quero alguma liberdade:
não a licença do futuro extravagante,
nem do passado a parnasiana austeridade,
com seu molde severo e torturante;
em tudo, o coração se exprima,
com toda a naturalidade.

Jamais dispenso a rima;
seja ao menos toante,
se a mais o engenho não alcance;
nem só matéria prima
bruta, sem polimento;
nem lapidar exagerado,
em prejuízo do espontâneo pensamento,
se é nobre, alcandorado.

Vates! dai-me o lugar, humilde embora,
à sombra de vossa árvore fecunda,
onde eu dedilhe, ao menos um instante,
vossa lira sonora!
e um gesto complacente e amigo, infunda
animação e fôrça à minhalma de estreante!


Bodas de prata

             Vinte e cinco anos de casada! Entanto,
no semblante ainda guardas, como outrora,
o vívido reflexo, qual aurora
que volve dia a dia, num encanto.

Certo um segredo existe para tanto
é tão intenso brilho, que demora
nessa alma e nesse coração, senhora,
e a fronte envolve, como um halo santo.

Bem sei: é a devoção, a fé sincera
que torna assim eterna a Primavera
afugentando o Outono e o Inverno rude.

E quanto mais os anos vão passando
mais meu amor por ti vai aumentando
e mais admiro a força da Virtude!

 *

Veja e Leia  outros poetas de SÃO PAULO  em nosso Portal:

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/sao_paulo/sao_paulo.html

Página republicada em novembro de 2022

 


 

 

 
 
 
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